A Margem Equatorial brasileira é uma área inexplorada, mas considerada estratégica para o setor de petróleo e gás.
Empresas como a Shell possuem blocos exploratórios nas bacias sedimentares Potiguar e Barreirinhas e estão aguardando a decisão do governo brasileiro sobre a exploração na região. O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, afirmou em uma entrevista nesta quarta-feira (12) que a perfuração na região é uma decisão estratégica que deve ser tomada em conjunto com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Ele disse que a Shell tem interesse em participar da exploração, caso ela seja aprovada pelo governo.
Ainda há divergências no governo brasileiro a respeito da exploração na Margem Equatorial. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apoia a perfuração, enquanto a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem sido reticente. Ela afirmou em uma entrevista que encara a exploração na região como encarou a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Um dos principais entraves para a emissão da licença ambiental pelo Ibama é o potencial impacto ambiental de um vazamento de petróleo na região, que abriga um sistema de recifes.
Apesar das divergências, a Shell considera que o Brasil é um país com grande potencial geológico na Margem Equatorial e que pode competir em um mundo em transição para fontes de energia mais limpas. Segundo um estudo apresentado pela Shell nesta quarta-feira (12), há a necessidade de investimento em novos campos de petróleo durante a transição para energia mais limpa. O Brasil é visto como um dos países em que os investimentos serão concentrados, devido aos menores custos de produção e à segurança jurídica.
Blocos exploratórios na Margem Equatorial
A Shell é uma das empresas que possuem blocos exploratórios na Margem Equatorial brasileira. A região é formada por cinco bacias sedimentares: Pará-Maranhão, Ceará, Potiguar, Barreirinhas e Foz do Amazonas. A Petrobras, por exemplo, está tentando obter licença ambiental para perfurar um poço na região da Foz do Amazonas.
Cristiano Pinto da Costa afirmou que a Shell está estudando o que fazer com os seus ativos na região. Ele disse que a empresa tem interesse na decisão que o governo brasileiro tomará sobre a exploração na Margem Equatorial, mas que, caso a exploração seja aprovada, a Shell estudará se quer participar ou não.
Opiniões divergentes no governo
A respeito da exploração na Margem Equatorial, há opiniões divergentes entre os membros do governo brasileiro. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende a perfuração e quer lançar um programa para aumentar a produção nacional de petróleo. Já a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, tem sido reticente, preocupada com o impacto ambiental de um eventual vazamento de petróleo na região.
A Shell considera a perfuração na Margem Equatorial como uma decisão estratégica, que deve ser tomada em conjunto pelo CNPE e pelo governo brasileiro. Cristiano Pinto da Costa afirmou que, se a exploração for aprovada, a Shell estudará se quer participar ou não.
Estudo da Shell aponta necessidade de investimentos em novos campos de petróleo
Segundo um estudo apresentado pela Shell nesta quarta-feira (12), tanto no cenário mais otimista quanto no mais pessimista da transição energética, há a necessidade de investimento em novos campos de petróleo. A diferença está na concentração desses investimentos, que devem se concentrar em alguns países e regiões.
Para a Shell, o Brasil é um dos países em que os investimentos serão concentrados, devido aos menores custos de produção e à segurança jurídica. Segundo o consultor chefe de energia da Shell, Peter Wood, o país tem um ambiente regulatório estável, recursos com intensidade de carbono relativamente baixa, petróleo de qualidade e infraestrutura de custo competitivo.
Fonte: clickpetroleoegas