Notícia importante que promete mexer com o mercado nesta sexta-feira (29). A Petrobrás anunciou que pretende encerrar o contrato com o consórcio Keriu-Método, que é responsável pelas obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Polo Gas Lub (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ). Além disso, a petroleira pretende ir ao mercado para contratar uma empresa que será responsável por concluir a engenharia detalhada do empreendimento. A informação foi revelada hoje pelo diretor de desenvolvimento da produção da companhia, João Henrique Rittershaussen, durante coletiva de imprensa para detalhar os resultados da empresa no segundo semestre.
Para entender bem o assunto, é preciso fazer um rápido retrospecto. e, de novo, começando na urma da licitação da Petrobrás. Aproveitaram a proposta liderada pela empresa chinesa, mesmo abaixo da cotação que tinham, e entregaram uma obra estratégica para a empresa e para o país. A distribuição do gás do pré-sal. Os chineses não conseguiram fazer e acabou ficando mais caro do que o preço original. Mais quase 1 bilhão de reais. E não terminaram. Como já é de conhecimento do mercado, recentemente, o consórcio Kerui-Método demitiu 2 mil pessoas que trabalhavam nas obras da UPGN. Com isso, as atividades no canteiro estão paralisadas, sendo realizadas apenas atividades de preservação dos equipamentos e das instalações. O consórcio sofreu com desequilíbrios financeiros e tinha dificuldades de pagamentos aos fornecedores. As empresas conseguiram cerca de R$ 700 milhões em aditivos ao contrato com a Petrobrás, mas nem assim conseguiu pagar todos os seus fornecedores. Em meados deste mês, a Petrobrás anunciou a paralisação das obras e ainda afirmou que o cronograma de entrada do Projeto Integrado Rota 3, que abrange o gasoduto Rota 3 e a UPGN do Polo Gaslub, seria reavaliado.
Agora, voltando aos dias atuais, vamos às declarações de hoje do diretor Rittershaussen. Ele afirmou que o gasoduto Rota 3 está concluído. Além disso, a parte de utilidades, dentro do Polo Gaslub, já está em fase de comissionamento. O único problema hoje no empreendimento está na UPGN. “Estamos em uma fase de negociação com a contratada [Kerui-Método] no intuito de conseguir um encerramento do contrato negociado. Já estamos no mercado para contratar a conclusão do detalhamento da engenharia e, em seguida, vamos tomar a decisão de como vamos concluir esse empreendimento”, explicou o executivo.
O diretor da Petrobrás acrescentou ainda que a empresa está refazendo todo o planejamento do empreendimento e ainda não existe uma data firme de conclusão das obras. “A data de partida em 2022 não é mais possível. Estamos replanejando e vendo as ações que precisamos tomar para iniciar essa unidade o mais rápido possível”, concluiu.
Quando finalmente entrar em operação, a UPGN do Polo Gaslub será a maior do país, com capacidade de processamento de até 21 milhões de m³ por dia. O projeto visa ampliar a infraestrutura de escoamento e o processamento de gás do pré-sal da companhia, que passará de 23 milhões para 44 milhões de m³ por dia. Além de gerar energia, o gás seria utilizado em veículos e indústrias. Contribuiria também para reduzir a necessidade de importação de gás natural, assim como viabilizar o aumento da produção de óleo do pré-sal, uma vez que aumentará o processamento de gás associado ao petróleo produzido na região.
Fonte: petronoticias