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Haverá uma especialização das empresas privadas de O&G brasileiras, prevê fundador da 3R Petroleum

Haverá uma consolidação e especialização das empresas privadas de O&G brasileiras, prevê Ricardo Savini, CEO da Fluxus e fundador da 3R Petroleum, durante a abertura da Mossoró Oil & Gás Expo 2023, realizada nesta terça-feira (21). De acordo com o executivo, as empresas vão se dividir em várias categorias de acordo com o seu foco, como a produção de hidrocarbonetos, a produção de gás, a geração de energia e aquelas de E&P e energia, entre outras.

“E existirá, também, aquelas que estarão focadas somente na exploração, porque a empresa que vai descobrir um reservatório não vai, necessariamente, produzi-lo”, afirmou Savini. O ex-CEO da 3R também falou sobre outras tendências para o setor, como o potencial do mercado de descomissionamento e do mercado de manutenção, em função do aumento da longevidade dos campos marítimos e terrestres.

A internacionalização das empresas brasileiras – especialmente na América Latina – também foi pontuada por Savini. De acordo com o executivo, as junior oil companies brasileiras já representam, em valor de mercado, R$ 77 bilhões, o que equivale a cerca de 17 a 20% do valor de mercado da Petrobras (R$ 450 bilhões, segundo dados de outubro deste ano). “E todas elas abriram o seu capital no novo mercado, que é a prateleira mais alta de governança na Bolsa [B3]”, explicou Ricardo.

O executivo também falou sobre outras tendências para o futuro, mas que ainda não estão “totalmente consolidadas”. Uma delas é a cobrança, por parte dos investidores, pela reposição de reservas, uma vez que as empresas privadas de O&G brasileiras não têm olhado para exploração no momento. “Por isso eu acredito que vai haver, no futuro, a volta dos investimentos exploratórios. É uma questão matemática”, disse Savini.

Uma outra tendência é a integração de infraestruturas de O&G com fontes renováveis. “As empresas de E&P vão investir em fontes renováveis. É um movimento que começou com as grandes, mas que vai abarcar as pequenas e médias empresas”, completou Ricardo.

Pitu Oeste

O empresário Roberto Serquiz, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), destacou o potencial de desenvolvimento da indústria offshore com a perfuração do poço Pitu Oeste, na Margem Equatorial do RN, prevista para este mês. “A Petrobras pretende investir, inicialmente, US$ 300 milhões nesse projeto. Isso representa um novo momento da companhia no estado, depois dos desinvestimentos realizados no onshore. E isso atrai empresas, que criam empregos”, afirmou Serquiz.

“Nos últimos anos, nós vimos uma desaceleração dos investimentos, mas agora estamos vendo essa página sendo virada. O nosso papel, como setor público, é abrir os caminhos para essas empresas, como os investimentos que estamos fazendo nas rodovias, por exemplo, para que os equipamentos sejam melhor transportados. O que eu destacar é: Mossoró está aberta”, afirmou o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), durante a abertura da Mossoró Oil & Gás Expo 2023.

“A sonda da Petrobras para perfurar a Margem Equatorial Potiguar está a caminho da locação. E isso representa uma nova conjuntura, uma retomada. E nós podemos afirmar que a exploração da MEQ vai começar pela Bacia Potiguar”, destacou a governadora do RN, Fátima Bezerra (PT), também na abertura.

Fonte: petroleohoje

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