A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), estruturou em um só documento os projetos mais relevantes envolvendo petróleo e gás natural aptos a receber investimentos privados.
São 61 oportunidades que abrangem concessões de exploração de óleo e gás onshore e offshore, venda de participação em campos exploratórios, construção de usinas de fertilizantes, lubrificantes e gás natural, venda de refinarias, construção de terminais de distribuição de derivados do petróleo e duplicação e construção de novos oleodutos e gasodutos.
O portfólio apresenta a investidores estrangeiros e nacionais informações confiáveis, sistematizadas e de alto nível acerca dos projetos. Também fornece o contato direto para cada projeto e busca promover relações transparentes entre instituições públicas e privadas. A ideia é transformar o documento em uma via rápida para inúmeras oportunidades de investimento oferecidas no Brasil que são relevantes para o desenvolvimento do setor de óleo e gás e sua cadeia de suprimentos.
Dentro do portfólio estão oportunidades contidas no plano de desinvestimentos da Petrobras, como a venda das refinarias Abreu e Lima (RNEST, Pernambuco), Presidente Getúlio Vargas (Repar, Paraná), Alberto Pasqualini (Refap, Rio Grande do Sul), Gabriel Passos (Regap, Minas Gerais) e Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor, Ceará). A venda dos ativos será feita após análise das propostas oferecidas à Petrobras, responsável pela transação. Também está incluída a venda de participação em centenas de campos terrestres e áreas marítimas de exploração e produção de petróleo e gás natural.
Oportunidades de investimentos em infraestrutura estão listadas no documento preparado pela ApexBrasil, tais como a instalação de terminais de recepção e distribuição de derivados como gasolina, diesel e querosene nas cidades de Londrina (PR), Presidente Prudente (SP), Campo Grande (MS), Rondonópolis (MT) e Cuiabá (MT). Construções de oleodutos ligando o interior do Paraná e o interior de Santa Catarina, outro ligando terminais em Minas Gerais e Mato Grosso e outro ligando o interior do Paraná com a região metropolitana de Cuiabá (MT) são projetos selecionados para o portfólio, assim como um gasoduto ligando São Carlos (SP) a Brasília (DF).
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), atualmente, o Brasil ocupa a oitava posição entre os maiores produtores mundiais de petróleo. Em 2021, o país produziu 2,9 milhões de barris por dia e pretende aumentar a produção para mais de 5 milhões até 2030. Conforme projeções da Agência Internacional de Energia divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o Brasil aparece no top 4 entre os países com maior crescimento da produção de petróleo no período 2020-2030. Por isso, além de ser reconhecido como um dos maiores provedores de segurança alimentar no planeta, o governo brasileiro almeja tornar o país como um notável garantidor da segurança energética, já que possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, é produtor de biocombustíveis e possui reservas de petróleo a serem exploradas em seu território. No ranking de exportação, o Brasil está entre os 10 maiores do globo. No ano passado, exportou 483 milhões de barris, o que corresponde a 45% da produção nacional.
O setor de óleo, gás e biocombustíveis é um dos prioritários da ApexBrasil, coordenador do Brasil Petroleum Partnerships (BPP), programa de promoção internacional do segmento, cujo cenário internacional é promissor para a indústria brasileira. A iniciativa visa facilitar parcerias entre empresas brasileiras e estrangeiras no setor, com o objetivo de atrair investimentos para o Brasil e promover a integração da indústria de petróleo brasileira às cadeias de suprimentos globais. Atualmente, atende 70 empresas nacionais e estrangeiras interessadas em investir no Brasil ou no exterior.
Fonte: tnpetroleo