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Rio de Janeiro apresenta crescimento em suas reservas de petróleo pelo 2º ano consecutivo, aponta Firjan

Conforme o levantamento produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a consolidação dos dados do mercado de petróleo no Rio de Janeiro em 2022 mostra que o estado fluminense apresentou crescimento em suas reservas de petróleo pelo 2º ano consecutivo, fechando o ano passado com alta de 13% nas reservas provadas. Assim, o volume de reservas provadas no estado alcançou representatividade de 83% do nacional.

Na exploração, houve manutenção no número de poços exploratórios perfurados em 2022, onde 12 poços foram concluídos no estado de um total de 17 no país. O levantamento aponta ainda que estas atividades podem gerar diversos desdobramentos para a indústria, como a contratação de sondas, navios sísmicos, atividades de completação de poços, entre outras.

Os dados registram ainda o aumento de 10% na perfuração de poços na bacia de Campos, com impactos imediatos observados na produção, como a redução de quase 12% na taxa de declínio na região em dezembro do ano passado frente a dezembro de 2021. Já a bacia de Santos, principal bacia petrolífera do país, aumentou em 13,5% sua produção, no comparativo de dezembro 2022 e dezembro de 2021.

“O estado do Rio vem ampliando seu potencial para se tornar o grande polo de energia do país, tendo o petróleo como importante catalisador da indústria. Os diferenciais do estado passam por seu vasto potencial energético, proximidade entre centros de oferta e demanda, grande carteira de novos projetos em segmentos diversos de energia, além de uma base industrial consolidada e de grande tradição de fornecimento ao mercado de energia”, aponta Luiz Césio Caetano, vice-presidente da Firjan.

Ele lembra também que os preços do barril de petróleo em 2022 foram bastante favoráveis para as empresas petrolíferas e para as arrecadações governamentais, com os valores mensais do Brent chegando a patamares não vistos desde 2012, ao superar a barreira dos US$ 120/bbl. O valor médio do ano ficou acima dos US$ 100/bbl pela primeira vez desde 2013.

Conforme a plataforma de dados da federação, a produção média de petróleo no estado do Rio foi de 2,53 milhões de barris/dia em 2022, alta de 7,5% em relação à 2021. Cerca de 85% do total nacional veio do estado. Destes, 2,01 milhões de barris/dia foram provenientes do pré-sal.

Derivados de petróleo

Em termos de produção de derivados, o estado do Rio apresentou importante incremento de 31% na produção de diesel S-10 em 2022 frente ao ano anterior, como reflexo dos investimentos anunciados em 2021 na Reduc. O Rio também se mostrou superavitário em termos de produção dos principais derivados diante do seu consumo interno. Esta relação foi de 81% para a gasolina A, 68% para o diesel, 62% para o QAV e 16% para o GLP. Por outro lado, o estado precisou “importar” biocombustíveis de outros estados para a mistura.

“Ao olharmos a demanda por combustíveis no estado do Rio, diesel e gasolina mostraram crescimento em 2022 em relação aos níveis pré-pandemia, com patamares pouco acima de 2019. Já o setor de aviação, com volumes de QAV comercializados 40% abaixo na mesma comparação de períodos, tem o desafio de retomar a dinâmica de consumo anterior a estagnação que o mundo passou”, alerta o gerente de Projetos de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Thiago Valejo Rodrigues.

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Atreladas ao aumento da produção, as obrigações contratuais de investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) também apresentaram alta no ano de 2022, com cerca de R$ 3 bilhões em projetos iniciados no ano. O estado do Rio recebeu 62% dos valores aprovados pela ANP no referido ano, sendo o principal destino dos recursos em alinhamento com a origem de produção.

O ano de 2022 também foi marcado pela descentralização dos valores aportados, antes fortemente concentrados na Petrobras, e agora com maior participação também dos projetos de outras operadoras. Segundo Valejo, os investimentos em P,D&I são fundamentais para o desenvolvimento e a competitividade da indústria do estado, permitindo acesso até mesmo a novos mercados.

“Temos visto um importante movimento da indústria do petróleo no sentido de descarbonizar suas atividades e considerar outras fontes de energia. Segundo dados da ANP, a área de pesquisa voltada a “Outras Fontes de Energia” foi a que mais cresceu, cerca de 7 vezes quando comparamos 2022 com 2021, reforçando que o petróleo terá papel fundamental para concretizar a transição energética. Nesse cenário, o Rio possui grande diferencial competitivo com diversidade de fontes, e é preciso maximizar o aproveitamento das oportunidades que virão com o desenvolvimento de novas energias”, diz o gerente.

Fonte: portosenavios

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