Os indicadores da indústria de transformação mostraram acomodação da atividade industrial em agosto na comparação com julho de 2022, depois de uma série de altas. A pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o faturamento apresentou avanço de 0,2% em relação ao resultado de julho. Embora pequeno, foi o quarto aumento mensal consecutivo. O faturamento se encontra em trajetória de alta desde novembro de 2021. Além disso, o número de horas trabalhadas cresceu 3,5% entre julho e agosto, sugerindo que a produção permanece aquecida.
O emprego industrial registrou recuo de 0,1% em agosto frente a julho, após três altas consecutivas. De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a alteração ainda não indica o início de uma tendência de queda.
“Ocorreu uma acomodação após um período de crescimento que vinha em curso desde o segundo semestre de 2020. Na comparação com agosto de 2021, a alta foi de 1,7%”, explica Marcelo Azevedo.
O rendimento médio real dos trabalhadores mostrou queda de 0,6% em agosto de 2022, na comparação com julho. A queda sucede dois meses consecutivos de alta, período no qual o rendimento médio acumulou alta de 2,4%. Apesar da queda no mês, o rendimento apresenta avanço de 4,0% na comparação com agosto de 2021.
Utilização da capacidade instalada recua devido a normalização dos insumos
Os Indicadores Industriais calculam que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuou 0,3 ponto percentual em agosto de 2022, na comparação com julho, para 79,9%. É a quinta queda consecutiva da UCI, que desde março de 2021 vinha acima dos 80%. Na avaliação do economista Marcelo Azevedo “Essa queda sugere uma normalização progressiva da cadeia de insumos, que está deixando de pressionar a capacidade produtiva.
Fonte: portaldaindustria