A indústria mostrou o maior crescimento do PIB no segundo trimestre de 2022 entre os setores econômicos, com alta de 2,2% frente ao primeiro trimestre de 2022. Diante disso, o gerente-executivo de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Telles, afirma que a previsão da CNI para o crescimento do PIB para este ano, tanto do Brasil quanto da indústria, será revisado para cima. Em junho deste ano, a CNI projetou crescimento de 1,4% para a economia brasileira.
“O que nós temos visto, nos últimos meses, é um aumento significativo do número de pessoas trabalhando. O IBGE divulgou que o Brasil tem 98,7 milhões de brasileiros ocupados, seja no setor formal ou no informal, e isso veio acompanhado de um aumento da massa salarial real. Também percebemos uma alta nos investimentos e queda no volume de importações. Então, à medida que a demanda interna aumentou, o abastecimento foi feito pela indústria brasileira”, explica o economista, sobre a recuperação da atividade econômica.
Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos tiveram a maior expansão
A maior alta entre os segmentos da indústria foi verificada no segmento de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (+ 3,1%). O IBGE aponta que o resultado é influenciado pelo desligamento das térmicas e o consequente fim da bandeira tarifária de escassez hídrica. Além disso, a própria aceleração da atividade econômica foi relevante neste resultado, dado que a energia é insumo utilizado por todos os setores econômicos.
A indústria de transformação cresceu 1,7% no segundo trimestre de 2022, com relação ao primeiro trimestre de 2022. É o segundo trimestre consecutivo de crescimento. Entre os destaques positivos estão: fabricação de coque e derivados do petróleo; couros e calçados, produtos químicos, papel e celulose e bebidas. Na comparação com o segundo trimestre de 2021, a indústria de transformação registrou crescimento de 0,5%.
Fonte: portaldaindustria